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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Será que ele agüenta???


Por Marcus Vinícius Garcia


Paulo Silas foi um grande jogador de futebol, exemplo nos clubes em que atuou. Um cara correto e trabalhador. Um ótimo profissional sem sombra de dúvida.
Foi destaque, como jogador, no São Paulo (na época dos Menudos do Morumbi, ao lado de Müller, Careca...), Inter, San Lorenzo e Seleção Brasileira (jogou as Copas de 86 e 90).
Como treinador trabalhou em clubes de pouca expressão como Fortaleza e Avaí (de boa campanha nas séries A e B). Em 2008 a frente do clube catarinense, consagrou-se por conseguir o acesso a primeira divisão do futebol brasileiro após 30 anos e no ano seguinte recuperou a hegemonia do futebol de SC. Também conseguiu a façanha de emplacar uma seqüência de 11 jogos sem perder com o Leão, após uma longa crise e figurar entre os 4 últimos e terminar a competição em 7º colocado, (a frente de gigantes como o Grêmio) classificando o time da Ressacada para a Sul Americana de 2010.
Após ser consagrado no time de Guga, e ser premiado como o melhor técnico do Brasileirão superando nomes como Mano Menezes, Muricy Ramalho e Andrade (técnico campeão brasileiro), Silas tem a grande chance na sua carreira no comando de um grande clube, num clube de massa, de tradição.
Depois de um estágio curto com Manoel Pellegrini, técnico do "Gigante Galáctico" Real Madrid, Silas assumiu o Grêmio, que só em 2009 teve 3 técnicos e uma péssima campanha no Brasileirão, com apenas 1 vitória fora de casa.
A diretoria por sua vez contratou jogadores de peso como Borges, Hugo, Leandro (campeões com o São Paulo) e Douglas (campeão da série B/08, Copa do Brasil e Paulistão/09 com o Corinthians!), mas por enquanto Silas tem mostrado estar perdido com tantas peças no grupo.


Silas fez questão de trazer com ele nomes de destaque no Avaí como Ferdinando e William. Mas como eu disse em relação ao técnico quando soube da sua contratação, digo em relação a esses atletas: Uma coisa é jogar no Avaí, outra coisa é jogar no Grêmio.


É totalmente diferente, a pressão é maior! Bem maior! Ainda mais quando se trata de um clube de massa que não ganha um título de expressão há anos.


Pois bem, Silas tem nas mãos um grupo forte, pelo menos no papel, com nomes de respeito. É claro que perdeu peças importantíssimas como Maxi Lopez e Douglas Costa, que não possui laterais, que perdeu a referência na zaga como Rever, que Leandro está lesionado. Mas com os nomes que possui ele não está sabendo usar como deveria. Deveria apostar mais nos jovens da base como Maylson, Bruno Renan, Mithyuê, Pessali, Spessato... Muita gente, e só 11 entram em campo.


No clássico Gre-Nal no Colosso da Lagoa em Erechim, Silas deixou de usar o esquema que começou a temporada de 2010, o 4-4-2. Sem Leandro e Rever ele esacalou o time com: Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques e Maurício; Joílson, Ferdinando, Adilson, Souza e Lúcio; Jonas e Borges. O tão odiado 3-5-2. Com somento o Souza na armação de jogadas, e com atuação apagada isso não existiu. Com um time defensivo, sem criação, sem alternativas, o resultado não podia ser outro: 1x0 para os colorados.


Na última quarta, num Sol de 41ºC, Silas armou o mesmo time que foi derrotado em Erechim, para encarar o São Luiz de Ijuí, até então time de melhor campanha. No lugar de Souza que rompeu os ligamentos do joelho esquerdo no clássico, entrou Hugo. No banco não tinha nenhum meia armador e três volantes: Maylson, Fernando e Rochemback. Resultado: péssimo futebol, empate (saíndo atrás do placar pela quinta vez) e vaias (torcedor chegou a chamar Silas de burro gritou o nome de Rospide). Silas começava a sentir a pressão. E também começou a gerar discóridia entre imprensa, diretoria e claro: a torcida.


Ontem contra o fraquíssimo Universidade em Canoas, serviu como um teste para Silas mudar de postura em relação aos esquemas defensivos demais e promeover mais criatividade no meio-campo. Tirou os ineficiêntes Adilson e Joílson, poupou Hugo gripado, e em seus lugares entraram Mário Fernandes (na lateral), Rochemback e Douglas que fazia sua estréia. Com destaque para o meia ex-Corinthians e o centroavante Borges com 3 gols (de 5 chances claras de gol) e pedido de música no Fantástico ! A vitória por 5x1 (primeira do time sem obriogação de virar o placar) não era o suficiente. Golear o Universidade, não é parâmetro pra ninguém. Ainda mais para a imprensa e principalmente para o torcidor.


Na quarta-feira o Grêmio estreia na Copa do Brasil contra o Araguaia, fora de casa. Na cabeça dos torcedores é mais do que obrigação voltar a Porto Alegre classificado. Se não derrotar a equipe de Rondonópolis por mais de 3 gols, a pressão volta a tona. E em dobro!


Será que ele agüenta? Silas já ficou marcado pelo torcedor porque não venceu o Gre-Nal e demonstrou alguns lampejos "Rotheanos" recheando o time de defensores e chamando o adversário pra cima, que conseqüentemente seria derrotado. Será que ele agüenta a pressão? Ás vezes eu penso que ele ainda não se deu conta da dimensão, do tamanho que é o Grêmio. Ainda ele está com mentalidade de técnico de time pequeno. Só que ele não é mais um técnico de time pequeno. Ele deveria saber disso!


Aguardemos as cenas dos próximos capítulos! Mas lembro, que não questiono o Silas como pessoa, nem nada. Ele até que é um bom técnico, mas será que para um clube como o Grêmio ele serve? Veremos!

Um comentário:

  1. Muitas mudanças aconteceram, o Silas tem que saber que o Grêmio não é o Avaí.
    O tricolor gaúcho tem um bom elenco, creio que muitos treinadores gostariam de um eleco como este.

    Ernesto Jr.

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